segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Planejamento da Catequese Diocesana 2013

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Proposta Pastoral 2011 - 2013  "CATEQUESE EM MOVIMENTO":
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Proponente: Coordenação Diocesana de Catequese
Duração: 2013
Local: Paróquias, Setores e Diocese
Diagnóstico: Necessidade de formação
Público alvo: Catequistas




Desistir? (Cora Coralina)
Eu já pensei seriamente nisso, MAS nunca me levei a sério.
É que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas,
Mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros,
Mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.



Apresentação:

            Apresentamos o planejamento pastoral “Catequese em Movimento” para 2013, elaborado à luz da caminhada das catequistas da Diocese de Sete Lagoas, nos anos de 2011 à 2012.
            Este planejamento é destinado aos diferentes tipos de catequistas:
  • catequistas de base,
  • catequistas coordenadoras,
  • catequistas dedicados ao estudo
  • e catequetas;
  • como também às diferentes situações e grupos de pessoas:
*      catequese com adultos, com jovens, com adolescentes, com crianças,
*      catequese na família,
*      nos círculos bíblicos,
*      nos meios urbanos, rural e periférico.

A realidade de nossa Diocese é diversa. Nesse sentido, entendemos, que para esses diversos tipos de Catequese se exige, além de formação global, uma formação especial para cada tipo de trabalho. Por isso, este planejamento foca uma formação que atenda às necessidades dos diversos tipos de catequistas, situações e grupos de pessoas com os quais trabalha.
Daí, trabalharmos com projetos que favorecem uma formação contínua e permanente, para cada tipo de catequista e de trabalho. Gerando uma maior participação, envolvimento e novas lideranças.
Nessa caminhada, constatamos que ser catequista não é fácil. É mais simples ensinar algumas perguntas e respostas do “catecismo” do que fazer “catequese”. A missão de catequista não é tarefa de um dia, de uma semana, de um mês. É uma missão que vai se aperfeiçoando, pouco a pouco, buscando métodos que correspondam à realidade onde acontece a Catequese.
Então, o caminho que o planejamento busca percorrer é o de uma Pastoral de Processos. Já que processo designa algo progressivo, sequencial, programado. O processo dá tempo ao tempo. Além disso, permite liberdade interior, flexibilidade e abertura às novas possibilidades, que com certeza, surgirão no decorrer do caminho.
Nesta direção, este planejamento pode e deve auxiliar, acompanhar e dialogar com as Equipes de Coordenação Catequéticas Setorial e Paroquial, visando, em conjunto, novas soluções que motivem cada vez mais uma Catequese Renovada.
Assim, nasce o Projeto “Grupos de Estudos e Vivências da Catequese Setorial”. Que desde 2011 acontece em todos os Setores, articulando a formação setorial, através principalmente, das Coordenadoras Paroquiais de Catequese e Padres.
Mas, as necessidades são diversas, e foi necessário outros projetos. Então, nasceu os Projetos Diocesanos:
·         “Formação Interativa” (2011),
·         “(1ª) Semana Diocesana de Catequese” (2012)
·         e “Bíblia e Catequese”  (2012).

O “Catequese em Movimento”, importante instrumento de trabalho, oferece:
·         Pistas para a elaboração do Planejamento Catequético Paroquial e/ou Setorial;
·         Conteúdos doutrinais, bíblicos, pedagógicos, teológicos, psicossociais, etc;

Nesse caminho, o planejamento, busca andar de mãos dadas com todas as Equipes de Coordenação Paroquial e Setorial, Padres, Coordenação Pastoral Diocesana, o nosso Bispo D Guilherme Porto, o Reginal Leste II (Lucimara Trevisan) e o Nacional (CNBB).
 Entendemos, a articulação da Catequese, não como algo apenas unilateral, mas, holístico. Já que não podemos nos fechar para o que acontece no mundo que influencia a realidade em que vivemos: pessoas, ideias, novidades, projetos, acontecimentos...

“Que o Deus da Vida abençoe nossos passos em 2013 e nos conduza a uma Catequese que desperte o outro e a outra para a vida em Cristo, a felicidade, a dignidade humana. E que neste propósito, nossas diferenças tornem-se pontes entre nós e não muralhas”.

Cristiane Duarte Rosário/ Coord. Diocesana de Catequese
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Fundamentação Bíblica

O plano de Deus na primeira Aliança: Toda a história da revelação de Deus e de nossa salvação está marcada pelo planejamento. O 1° Testamento está cheio de palavras e acontecimentos que fundamentam o planejamento pastoral. A Teologia da Revelação insiste no divino processo pedagógico: Javé vê o sofrimento do povo, analisa a realidade, escolhe parceiros, corrige os erros, coordena as ações, estabele instituições de mediação entre ele e o povo, prevê o futuro, etc.
Em tudo isso, podemos perceber, com os olhos da fé, que havia um plano divino, o qual ia sendo seguido e executado, ao mesmo tempo com decisão e paciência.
Jesus e o planejamento da ação pastoral: Quando o Verbo de Deus se fez gente no meio de nós, também atuou de modo planejado. Jesus evangelizou as multidões, contando com a colaboração de 72 discípulos, dentre os quais escolheu 12 apóstolos, dos quais três eram amigos íntimos, sendo um deles o líder de todos. Jesus aprendeu na oração qual era a vontade divina, formou a consciência e a ação dos seus seguidores. Ele anunciou seu programa de governo, pôs em prática as ações de libertação, implantou as bases de seu Reino, parou a meio do caminho para fazer avaliação. Ele detectou os obstáculos à sua missão, enfrentou seus adversários, previu seu fim trágico, preparou os discípulos para o seu desaparecimento, garantiu-lhes sua presença permanente através de seu Espírito.
Em toda a história do ministério pastoral de Jesus de Nazaré, podemos constatar que havia um plano divino. A encarnação do Verbo passou pela encarnação desse plano, pela inserção do plano divino no meio da realidade humana. Não foi um plano executado de cima pra baixo, de fora pra dentro. O plano da salvação contou com seguidores e adversários, com avanços e recuos. A salvação humana deu-se de modo processual, histórico e planejado.
Assim também, podemos ver nas primeiras comunidades e na retomada do plano divino. O trabalho do planejamento.


Contextualização

            Com o Concílio Vaticano II, a Igreja voltou às fontes bíblicas e retomou sua própria identidade e imagem, como povo peregrino de Deus. Ela se situa numa história em que Deus-Trindade é o protagonista principal. Como sinal e instrumento do Reino de Deus, como sacramento da salvação divina para todos os povos, a Igreja experimenta que a obra da evangelização é mais graça do que privilégio, mais vocação do que dever. Desde então, por fidelidade ao plano histórico e processual da revelação de Deus e da salvação da humanidade, a Igreja retomou a prática dos primeiros tempos de planejar sua ação pastoral. Já no Concílio, alguns documentos foram escritos seguindo o método ver-julgar-agir.
            No Brasil, a CNBB encaminhou medidas claras para que toda a ação da Igreja em nível nacional fosse planejada. Estimulada pelo intercâmbio com as Igrejas da América Latina, através das conferências de Medellín, Puebla e Santo Domingo, e pelo dinamismo das paróquias e das comunidades, das pastorais e dos movimentos, a ação evangelizadora da Igreja no Brasil foi marcada por vivacidade e crescimento. A CNBB publica, a cada quatro anos, as Diretrizes da Ação Evangelizadora no Brasil. Em grandes linhas, essas diretrizes propõem que a ação da Igreja leve sempre em conta a realidade sócio-cultural do país, aponte para novos rumos, descubra novos caminhos, responda às perguntas e anseios do mundo de hoje.
            Nesta direção, percebemos a relevância de vivermos a Catequese em nossas comunidades, através da construção de um bom planejamento.

                                                                                                                                            
Introdução

“São muitos os espaços desafiadores, sobretudo na cidade, onde a catequese precisa descobrir maneiras novas de apresentar aos homens e às mulheres, a proposta do Evangelho, incentivando a descoberta dos apelos de Deus no mundo moderno”. (DNC, 308)

            O desafio da Evangelização
(Fonte: COMBLIN, José. Pastoral urbana. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 11-12)

(...)No campo, a cultura era homogênea, a religião era homogênea e era o centro da cultura. A religião transmitia-se na família e na vizinhança com a cultura e como a cultura: os filhos adotavam os comportamentos dos pais. Alguns eram mais religiosos e outros menos, mas todos estavam inseridos na Igreja Católica como o peixe na água. O peixe nem sequer se dá conta da água: ele está dentro da água. Assim os camponeses estavam dentro da Igreja mesmo se ignoravam o que era a Igreja. Podiam ser católicos incoscientemente. De todos os modos, o catolicismo se transmitia sem que os sacerdotes tivessem que empenhar-se muito: as famílias encarregavam-se de levar as novas gerações para os sacramentos, o catecismo, as festas religiosas e a prática da moral aceita comumente na sociedade rural como sendo moral católica (...).
Nas cidades modernas já não é assim. Não há mais garantia de transmissão da religião dos pais para os filhos. Primeiro porque na cidade há várias ofertas religiosas: as pessoas podem escolher. Em segundo lugar, as novas gerações não aceitam simplesmente o modo de viver, o modo de pensar ou de agir dos pais. Adaptam-se mais depressa à vida urbana e consideram os seus pais como ultrapassados. Além disso, os pais estão muito ocupados e a TV (e/ou o computador) estabelece uma barreira: não deixa tempo para a conversa. Não há mais momento do dia nem da semana em que os pais possam tranquilamente explicar aos seus filhos os seus valores. Eles próprios duvidam dos seus valores tão diferentes daqueles que a vida urbana exalta. Sentem-se intimidados e deixam que os filhos sigam cada um o seu caminho.
Durante 1500 anos, a fé foi comunicada pelos pais aos filhos. Este processo deixou de funcionar nas cidades. Isto constitui para a Igreja um desafio inédito: a necessidade de evangelizar adultos, necessidade de provocar conversões pessoais. Pois o cristão da cidade há de ser um cristão consciente livre, que fez opção pessoal por Jesus Cristo. Os cristãos de tradição não resistem ao modo de viver urbano: a sua fé se dissolve mesmo sem que eles se dêem conta. Um dia, despertam, constatando que perderam a fé e a religião dos seus pais.
Diante disso, a pergunta motivadora para nossa Catequese em 2013 é compreender melhor e cada vez mais “Quem é o adulto de hoje?”.
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Justificativa:

            Constatamos, nesses 2011 e 2012, que o grande anseio e necessidade ainda é a FORMAÇÃO. Daí justifica-se o investimento e prioridade (da Diocese, do Setor e da Paróquia) na formação contínua e permanente de suas catequistas.
            Já que, quem não se coloca à par das mudanças do nosso mundo cultural e religioso ficará estagnado, com ideias ultrapassadas, que impedem um diálogo com o mundo contemporâneo: com os jovens, os operários, os intelectuais, como também com os pobres e marginalizados. Os adultos devem ser convidados e motivados por nossa Catequese a sair do seu infantilismo religioso e conhecer seu papel transformador dentro e fora da Igreja.
            Nós devemos ser motivadas/os a procurar uma melhor formação (uma Catequese de qualidade e não de quantidade).  
Pois, é a partir do diálogo, que se pode desenvolver uma boa Catequese. E isso exige de todos os agentes um bom preparo. Eles são os primeiros a precisar de uma boa formação. O que é muito enriquecedor, pois, exige-se também da própria Igreja uma mentalidade de abertura e diálogo com a mulher e o homem modernos, que são críticos e por isso, não aceitam mais qualquer resposta para as suas dúvidas. Se não acolhermos estas pessoas em suas dificuldades, e se não estivermos preparados com uma boa formação, elas com certeza, não aceitarão qualquer resposta; nosso trabalho de Catequese perderá credibilidade e acabarão se afastando da Igreja.

Nossos objetivos:

*      Objetivo da Ação Pastoral da Igreja no Brasil (CNBB 94):

“Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida rumo ao Reino definitivo”.

*      Objetivo da Catequese no Brasil:

Construir comunidades catequizadoras comprometidas com a verdade e com a justiça, numa educação contínua de fé à luz da Palavra de Deus para sermos sinal do Reino, já presente, entre nós”. (CNBB)


*      Objetivo da Catequese na Diocese para o ano de 2013:

Possibilitar, cada vez mais, a formação dos diversos tipos de catequistas e cuidar da reorganização da Pastoral Catequética, através da construção do Planejamento da Catequese Paroquial. Tendo como eixo a própria caminhada das catequistas da Diocese, com a orientação do Diretório Nacional de Catequese (DNC), sob à luz das novas Diretrizes da Ação Pastoral no Brasil.

*      Objetivos Específicos:

Ø  Promover novas lideranças;
Ø  Priorizar a formação das catequistas, oferecendo meios para que possam desenvolver uma Catequese que atenda as exigências de nosso tempo;
Ø  Priorizar o estudo Bíblico e Metodológico;
Ø  Criar espaço e articular a Catequese Setorial, através do projeto Grupo de Estudos e Vivências;
Ø  Focar, colaborar, facilitar a construção do “Planejameno da Catequese Paroquial”;
Ø  Provocar e motivar o processo de construção de um Centro de Estudos Teológico e Pastoral, através da Coordenação Diocesana de Catequese;

Estratégias metodológicas:
  • Projetos:
*      Grupos de Estudos e Vivências da Catequese Setorial;
*      Bíblia e Catequese;
*      Formação Interativa;
*      (2ª) Semana Diocesana de Catequese;

CRONOGRAMA global:

Projetos: 
Grupo de Estudos e Vivências da Catequese Setorial: 
- A partir de MARÇO:
Setor Norte: 2° sábado
Setor Oeste: 4° sábado
Setor Centro: 1° sábado
Setor Sul e Setor Leste (aguardar agenda)

Obs.: Faremos contato com os padres de cada Setor (reunião dos padres) para apresentação da avalição de 2012 e do cronograma mais detalhado de 2013. 
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Biblia e Catequese:
Módulo I:
 Todo 3° sábado do mês, a partir de FEVEREIRO, na Sant’Ana, de 8h às 12h.

Obs.: Continuação do grupo de 2012 (mesmos participantes).
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Formação Interativa:
- A partir de ABRIL (aguardar agenda e contatos)
(2ª) Semana Diocesana de Catequese:
- Estamos fechando agenda... Faremos divulgação a partir de abril (por favor, aguardem)!!!

A seguir cronograma de outras atividades diocesanas:
- Reunião dos padres do Setor: Apresentação da Avaliação 2012 e do Planejamento 2013; 
- 17/ 02 (Início da Quaresma e abertura da C.F. 2013...): Celebração de envio/ Paróquias;
- 23/ 02: Início das atividades catequéticas diocesanas;
- Agosto: RETIRO/ Tema: “ESPIRITUALIDADE DA/O CATEQUISTA”/ Setor... Catequistas do Grupo de Estudos e Vivências;
- Novembro: AVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO/ Setores... Catequistas dos Grupos de Estudos e Vivências e demais projetos diocesanos;
- Dezembro: Confraternização e celebração de ação de graças/ Setor
- 14/ 12: Encerramento das atividades catequéticas  diocesanas; 
- Janeiro: Férias; 
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Observação: Neste mês de fevereiro até julho/ 2013, a catequista
Nilda Aparecida de Almeida, da Paróquia S. José Operário/ Sete Lagoas, estará assumindo a Coordenação Diocesana de Catequese. E atenderá na Cúria toda quarta-feira e sexta-feira, de 8h30 às 11h. Motivo: A Coordenadora Diocesana, Cristiane Duarte Rosário, estará neste período, de licença gestacional.

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