segunda-feira, 4 de março de 2013

ANO DA FÉ???...

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Exposição feita pelo Pe. Antônio Luiz Catelan, da Diocese de Umuarama (PR) e assessor da Comissão da Fé na CNBB/ Durante o encontro de coordenadores diocesanos de Catequese em BH, 19 a 22/ 07/ 12:
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Proclamação do Ano da Fé: 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013
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Significado do logotipo do ANO DA FÉ
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A Igreja é a fonte da aldeia (João XXIII). Hoje o centro é a comunicação. A cidade já não é mais o contexto de evangelização. Também a escola perdeu seu lugar.
- A PARÓQUIA preparava para os sacramentos;
- A ESCOLA se encarregava do Ensino Religioso;
- A FAMÍLIA era a terceira responsável pela formação da pessoa;
Porém, hoje esta realidade é outra. A Igreja, a Escola e a Família já não cumprem suas funções.
O problema não é tanto a perda do sentido religioso, MAS a perda da orientação religiosa. Excesso de sentido religioso, desorientação do sentido religioso: sincretismo, superstição... Vivemos um tempo de muita religião, MAS pouca fé (Pe Libânio). 
O conteúdo da fé não muda. O que muda é o contexto. A renovação da fé, portanto, deve ser a prioridade.
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Justificativa do tema:
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O Ano da Fé dá início às comemorações dos 50 anos de realização do Concílio Vaticano II. E para celebrar este período a CNBB está providenciando uma nova edição do Compêndio dos Documentos do Vaticano II e do Catecismo da igreja Católica.
O anúncio feito pelo então Bento XVI, de sua intenção de proclamar um Ano da Fé se deu na homilia da missa celebrada dia 16 de outubro de 2011 com os participantes da Congregação  Plenária do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização.
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"Para dar um renovado impulso à missão de toda a Igreja, gostaria de anunciar nesta Celebração Eucarística que decidi proclamar um <<Ano da Fé>> (...) Será um momento de graça e de compromisso para uma conversão a Deus cada vez mais completa, para fortalecer a nossa fé n'Ele e para O anunciar com alegria ao homem de nosso tempo".
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"Como sabemos, em vastas regiões da terra, a fé corre o perigo de se apagar como uma chama que não encontra mais alimento. Estamos diante de uma profunda crise de fé, de uma perda do sentido religioso, que constitui o maior desafio para a Igreja de hoje". (Discurso de 27/ 01/ 12)
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A renovação da fé deve ser, portanto, a prioridade no compromisso de toda a Igreja nos nossos dias. Desejo que o Ano da Fé possa contribuir com a colaboração cordial de todos os componentes do Povo de Deus, para tornar Deus novamente presente neste mundo e para abrir aos homens o acesso à fé, ao confiar-se àquele Deus que nos amou até o fim (Jo 13, 1), em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado".(Discurso de 27/ 01/ 12)
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Observações:
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- Recomendou a leitura do livro "A Luz do Mundo", de Bento XVI;
- Reafirmou que os "50 anos do Concílio Vaticano II" não é para ser comemorado com uma grande festa, MAS como tempo de grande reflexão (Bento XVI);
- Assinalou que Bento XVI propõe o USO DO CATECISMO da Igreja Católica, MAS não como manual de Catequese. Os textos catequéticos são necessários não para substituir a Bíblia ou o Catecismo da Igreja Católica, mas, com base nestes, são instrumentos de orientação, adequados à realidade de cada grupo, região, etc;
- Importante é saber usar o Catecismo como: 1) Manual de consulta para tirar dúvidas; 2) Instrumento de estudo para se entender sua estrutura e sua metodologia.
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Apresentação da Carta Apostólica Porta Fidei: 
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É antigo o costume de se ter anos temáticos na Igreja. Os Jubileus, Anos Santos, Anos Marianos e Anos Eucarísticos são os mais comuns. O Beato João Paulo II ampliou tal costume nos anos que antecederam a Celebração do Grande Jubileu do ano 2000, com uma sequência de anos temáticos. Os benefícios disso são muitos. O reavivamento da consciência eclesial a respeito da importância de um aspecto da vida cristã, de uma dimensão da fé, ou de um tema; a animação da ação evangelizadora das Igrejas locais; a solidificação do sentido da comunhão universal dos fiéis; e outros muitos.
Ano da Fé já houve um, em 1967, proclamado por Paulo VI. A ele Bento XVI se refere na Carta Apostólica Porta Fidei (PF), com a qual faz a indicção de um AF que irá de outubro de 2012 a novembro de 2013. Nessa carta, o papa assume a intenção fundamental do anterior. Naquela ocasião, no contexto do décimo nono centenário do martírio de São Pedro e São Paulo, o objetivo era retomar “a exata consciência da fé para a reavivar, purificar, confirmar, confessar”[2]. E, afirma Bento XVI, a Profissão Solene de Fé, no encerramento daquele Ano, atestou como “os conteúdos essenciais [...] necessitam ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova para se dar testemunho coerente deles em condições históricas diversas das do passado” (PF, 4). Com relação ao contexto de então, o papa Bento recorda que, na mente de Paulo VI, aquele ano respondia a uma exigência pós-conciliar: “a profissão da verdadeira fé e sua reta interpretação” (PF, 5).

O primeiro anúncio da intenção de proclamar um Ano da Fé se deu na homilia da missa celebrada com os participantes da Congregação Plenária, dia 16 outubro de 2011, do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. (...)
O texto da Porta Fidei está distribuído em 15 parágrafos:
  • 1 - 3: Introdução: A fé e a necessidade de que seja proposta explicitamente;
  • 4 - 5: I - Proclamação do Ano da Fé e sua ocasião: *50 anos do Concílio Ecumênico; *Vaticano II; *20 anos do Catecismo da Igreja Católica; *Assembléia Sinodal sobre a Nova Evangelização;
  • 6 - 7: II - Finalidades do Ano da Fé: *Renovação da Igreja; *Nova Evangelização;
  • 8 - 9: III - Ações fundamentais do Ano da Fé: Refletir - Confessar - Celebrar - Testemunhar;
  • 10: IV - Dimensões da fé: Ato e conteúdos - pessoal e comunitária;
  • 11 - 14: V - Instrumentos/ Meios: Catecismo da Igreja Católica - "História da Fé" - testemunho da caridade;
  • 15: Conclusão: Procura a fé - Fortalecer a relação com o Senhor - Confiar em meio às provações - Entrega à Mãe de Deus (11/ 10: Natividade de Maria - na época).
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